quinta-feira, fevereiro 21, 2008
IVAN LINS
Ivan Lins é um dos ícones mais representativos da música brasileira, sendo um dos nomes mais gravados internacionalmente, perdendo somente para Tom Jobim.
Ivan Guimarães Lins é carioca nascido em 1945, torcedor do Fluminense e formado em engenharia química. Iniciando sua carreira musical foi premiado com o segundo lugar do V Festival Internacional da Canção com a música “O amor é o meu país”. Seu primeiro grande sucesso foi “Madalena” gravado por Elis Regina. A partir disso Ivan gravou uma série de álbuns que compõem a sua discografia extensa de mais de 36 títulos, sendo, portanto, gravado por nomes como Ella Fitzgerald, Barbra Streisand, Gorge Benson, Carmem MacRae, Sting, Jane Monheit, Diana Krall e Quincy Jones, entre muitos outros.
Ivan é um dos fundadores da gravadora Velas e autor das trilhas sonoras dos filmes “Dois córregos” e “Bens confiscados” de Carlos Reichenbach, sendo premiado pela Melhor Trilha Sonora no III Festival Luso-Brasileiro Santa Maria da Feira.
No final da década de 80 eu tive a oportunidade de conhecer pessoalmente Ivan Lins. Foi numa ocasião que ele se encontrava realizando show no Circo Voador, em Recife. A entrevista rolou na sala Mandacaru, do antigo Hotel 4 Rodas, em Olinda. Quando cheguei no local para o encontro com ele, isso de tarde, mais ou menos por volta dumas 13 horas, um grupo de estudantes secundaristas que editavam um jornal num colégio de Boa Viagem, eles me interpelaram porque foram barrados pelos seguranças e queriam entrevistar o Ivan, me mostrando um exemplar do tablóide deles com entrevistas com Chico Buarque e Fagner, porque todos queriam ser jornalistas no futuro. Tentei negociar, abrindo mão da exclusiva que eu faria com ele, porém alegando que o Ivan teria primeiro que aceitar. Assim acertado, entrei no hotel e fui encaminhado para a sala especificada. Pouco tempo depois Ivan chega sorridente e amável como sempre foi. Nos sentamos e fui logo falando da meninada, o que ele adorou. Desci da sala e deixei Ivan esperando enquanto chamava os estudantes. Eram mais de 30. Foi um alvoroço. Ivan empolgou-se, eu também. Rolou o maior papo. Comi um lado da fita cassete quando as tvs e jornais superlotavam a sala à espera de uma entrevista com ele. Ivan mandou todos esperarem. Na hora, tive um clique. Como percebi que Ivan queria mesmo levar um papo comigo e a garotada, chamei na grande e disse que a gente aguardaria ele ser entrevistado pelas tvs, rádios e jornais, enquanto eu organizava a bagunça toda. Ele aceitou sob a condição da gente não sair e continuar o papo depois. Certíssimo. Fui pro lado com a meninada e dei uns toques para que eles não esculhambassem tanto a entrevista, o que rimos bastante. Não havia como controlar aquela trupe. Deixei rolar. A intervenção deles, algumas vezes meia que atrapalhada não atrapalharia em nada. Resultado: duas fitas cassetes e meia cada uma de 60 minutos cheínhas com depoimentos de Ivan Lins. Arretado mesmo. E isso regado a chope lavado pelo próprio Ivan. O papo já passava das 10 da noite e eu tinha que editar tudo para largar no ar no dia seguinte, dia do show dele em Recife. Foi um trabalho para sair de lá. Ivan sempre sorridente e estimulador, nunca vi nada igual. Aproveitei e dei carona a alguns estudantes e rumei para a redação para deixar tudo pronto para o dia seguinte. Foi um sucesso o programa com suas músicas e depoimentos. O show também foi uma maravilha! Depois disso recebi uma série de cartas dele em papel impresso da Tiger, acho que a produtora dele.
Agora estarei mais uma vez me reencontrando com ele. É que Ivan Lins estará neste final de semana, dias 24 e 25, em Maceió, pela caravana 16 do Projeto Pixinguinha 2007, no Sesc Poço. Também estará no projeto o compositor, arranjador e multiinstrumentista niteroiense André Mehmari. Imperdível.
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