quinta-feira, julho 10, 2008

HISTÓRIA DO TEATRO



TEATRO GREGO - TRAGÉDIA GREGA - A tragédia, em seu estágio seguinte, se realizou com a representação da primeira tragédia, com Téspis. A introdução de segundos e terceiros atores nas tragédias veio com Ésquilo, Eurípedes e Sófocles. A estrutura da tragédia era apresentação de um prólogo como cena introdutória, os párodos que eram cantos de entrada do coro, os episódios que era aparte correspondente aos atos modernos, a stásima que era o canto do coro entre os episódios e o êxodo, que era o canto coral ou cena final
A tragédia visava contribuir para educação intelectual, moral e cívica dos cidadãos, discutindo seus problemas sociais e da pólis. A tragédia também não se Preocupava com a composição psicológica individual das personagens, porque os principais conflitos não eram os dos indivíduos entre si, mas aqueles que existiam entre os indivíduos e o Universo.
ÉSQUILO – Ésquilo (525 – 456 a.C.) era um veterano da batalha de Maratona, acreditava que a dor levava ao conhecimento e que havia uma justiça divina que não poderia ser violada sem que houvesse uma punição proporcional. Seus dramas tratavam da luta do indivíduo contra a moral. Ele defendia a submissão total do homem às forças sobrenaturais, aceitando toda a antiga mitologia religiosa do mundo grego. Eram as divindades que, por meio de uma ação direta, sem qualquer resquício de piedade ou justiça, manipulavam os destinos humanos. Por maldições hereditárias, os homens estavam submetidos à vingança a ao ciúme dos deuses, que lhes enviavam inúmeras provocações.
SÓFOCLES - Sófocles (496 – 406 a.C.) era conhecido pela capacidade de retratar as figuras humanas em suas poesias, com emoções delicadas e desejos intensos. Gostava de apresentar homens de boas intenções em conflito com o destino, tomando atitudes imprudentes e rumando para a própria desgraça. Com isso, defendia a liberdade humana, mas que as ações deveriam ser moderadas e proporcionais para não terem conseqüências infelizes. Embora não abandonando a religiosidade tradicional, retirou a primazia dos deuses sobre a definição dos destinos humanos. O homem, considerado por ele a obra mais admirável, continua submetido ao destino. Mas este era menos opressivo e mais ligado às noções de justiça e responsabilidade. Suas personagens eram mais psicológicas, raciocinavam e matizavam seus comportamentos, que variavam desde a violência apaixonada até os mais sutis sentimentos.
EURÍPEDES - Eurípedes (480 – 406 a.C.) era um crítico das tradições religiosas, por ele julgado como inverossímeis ou mesmo imorais. Ele era um descrente, individualista e humanista dotado de imaginação muito fértil, que colocou os humildes como personagens de seus dramas. Estes superavam, em nobreza virtuosa, os heróis e heroínas por eles dotados de paixões e fraquezas humanas. Suas tragédias tinham como cenário aldeias humildes. Os temas eram a simpatia pelos escravos, a condenação à guerra e a exclusão das mulheres da vida social e política.
Racionalista, levou ao teatro grego os conflitos humanos, as reflexões a respeito da moral vigente, a guerra, a educação e até o poder dos deuses, sempre com abordagem crítica. Entre os mais importantes autores gregos, nenhum se importou tanto com o sofrimento humano quanto Eurípides.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
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