segunda-feira, outubro 13, 2008
HECTOR BERLIOZ
HECTOR BERLIOZ – O irreverente, ousado e inovador compositor do Rmantismo francês Louis Hector Berlioz (1803-1869),iniciou seus estudos de música com seu pai, o médico Louis Berlioz, que lhe ensinou solfejo e o presenteou com uma flauta, completando sua educação geral em casa, orientado por seu pai, que o conduziu no estudo de línguas, literatura, história, geografia e música, tornando-se, praticamente, um autodidata. Iniciou o curso de medicina, porém prevaleceu a vocação de músico. Em Paris, Berlioz começou a compor e, em seguida, a escrever artigos polêmicos contra as óperas de Rossini. Em 1826 estudou composição com Lesueur e contraponto e fuga com Reicha. Compôs em 1828, a cantata Orphée Déchiré par les Bacchantes que foi considerada inexecutável. Em 1830, com A Morte de Sardanapalo, ganhou o primeiro lugar, com direito à pensão mensal e o dever de estudar dois anos na Villa Medici, em Roma. É, desta época, sua famosa Sinfonia Fantástica.Em 1833, casa-se com Harriet Smithson, atriz irlandesa; um ano após nascia Louis, seu único filho. Foi nomeado, em 1838, para o cargo de subsecretário do Conservatório de Paris. E, em um concerto que realizou no fim do mesmo ano, foi aclamado por Paganini que, mais tarde, enviou-lhe um cheque de 20.000 francos - na época uma pequena fortuna. Em 1839, recebeu a Cruz da Legião de honra, que testemunhava o seu prestígio. Berlioz compôs e lutou com vigor inesgotável, sem nunca transigir; obteve o aplauso de alguns de seus contemporâneos mais respeitáveis, como Liszt, Schumann e mesmo Wagner, e dos auditórios mais versados. Mais tarde, Berlioz procurava escapar aos desgostos e impor sua música. No início de 1850, fundou, com um grupo de amigos, a Sociedade Filarmônica. Após o sucesso de Os Troianos, o compositor deu por encerrada sua carreira. Retirou-se da crítica musical e passou a escrever suas Memóries, que publicaria em 1865. Tornou-se bastante conhecido pela sua Sinfonia Fantástica (1830) e pela Missa de Requiem (1837). Ele era um amante da literatura, e muitas de suas melhores composições são influenciadas por obras literárias. Para compor a Danação de Fausto, Berlioz baseou-se no Fausto, de Goethe; para Haroldo na Itália, baseou-se no Childe Harold, de Byron e, para Benvenuto Cellini, na autobiografia de Cellini. Para a criação de Romeo et Juliette, a base foi a obra, de mesmo nome, de Shakespeare. Para compor sua grande obra, Les Troyens, foi influenciado pela leitura da Eneida, de Virgílio. Para compor sua última ópera, Béatrice et Bénédict, Berlioz preparou um libretto vagamente baseado na peça de Shakespeare, Much Ado about Nothing. Além de influenciado por obras literárias, Berlioz também admirava a obra de Beethoven (à época, desconhecido na França). A apresentação da Sinfonia Eroica em Paris causou profundas influências na obra de Berlioz. Além de Beethoven, o compositor também admirava Gluck, Weber e Spontini.
FONTES:
CARPEAUX, Otto Maria. Uma nova história da música. São Paulo: Tecnoprint, 1977.
MONTALVÃO, Alberto. No mundo da música. Rio de Janeiro: Spiker, 1958.
RIBEIRO, Wagner. História da música na América. São Paulo: FTD, 1965.
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