segunda-feira, julho 07, 2008

HISTÓRIA DA MÚSICA



A MÚSICA NA GRÉCIA - Conforme já visto, procurar as origens da música é um empreendimento dificílimo, uma vez que a musica é tão antiga como o homem, sendo sinônimo de movimento.
Encontram-se registros de que no período pré-diluviano, um chefe da horda bárbara soprou por casualidade um búzio, nascendo uma rústica trombeta que servia para convocar todos da tribo. Depois os chifres de bisão ou antílope passaram a ser usados como buzinas ou berrantes. A harpa e a flauta de Pã são instrumentos antiqüíssimos, sendo encontrados vários vestígios em todos os povos da antiguidade. A harpa egípcia tinha o nome de quinor na Palestina. O nebel era parecido com a lira dos gregos, sendo esta a mais antiga forma instrumental que se tenha notícia.
Os povos antigos, egípcios, sumérios, chineses, hindus, caldeus, hititas, praticavam a arte dos sons, por meio do canto e dos instrumentos. Entre as primitivas civilizações era considerada de grande importância, desempenhando funções diversas, desde as de caráter festivo às de caráter fúnebre e fetichista, como encantação, magia, invocação de espíritos, louvações aos deuses e sacrifícios de adoração.
Na Grécia antiga são poucos e obscuros os dados encontrados sobre a música. Ela procedia de diversas escalas descendentes de sete notas e consistia essencialmente numa melodia vocal comandada pelos ritmos da poesia e estritamente regulada pela métrica do verso. Não havia acompanhamento propriamente dito, uma vez que os instrumentos como liras, citaras, aulos que espécie de charamelas, permaneciam escravos da melodia principal. Os meios empregados pela música grega, dos tempos de Homero para cá, encontram-se documentos que já indicam certos aspectos da música que não havia ainda uma notação musical propriamente, mas os poemas de Homero parece poderem tomar-se como fato de natureza poético-musical, uma vez que eram cantados. Depois de Homero, a história registra o nome de Terpandro de Lesbo (séc. VII a.C), a quem se atribui, além de grande virtuosidade no tanger a citara, a criação, ou, pelo menos, decisiva influencia no desenvolvimento de uma das primeiras formas poético-musicais gregas, o Nomos (nomoi, no plural), que ele cantava acompanhando-se à citara. Entre os nomes célebres da antiguidade clássica avulta o de Pitágoras de Samos (séc. VI a.C), o precursor da teoria fisico-matematica da música. Foi ele quem calculou as relações dos intervalos entre os graus básicos da escola musical dos gregos, escala que, mais tarde, foi desenvolvida pelos sectários do filosofo e passou à história como escala pitagórica. Ele introduziu também o uso de cordas metálicas para a lira, em substituição às vísceras de animais, até então usadas para tal fim.
Aristóxeno, fundador de uma escola celebra, oposta à do filosofo de Samos, escreveu mais de 400 obras e defendeu o principio de que o sentimento e o ouvido devem prevalecer sobre a rigidez matemática dos números.
Vê-se, pois, que a música entre os gregos ocupou lugar de honra no processo educacional do povo, havendo para todos a obrigação de saber executar o aulos ou oboé. Além deste, conheciam também a citara, a lira, a harpa, as flautas simples e duplas e instrumentos de ritmo.
E Atenas, cabe a Sólon o registro de ter sido o primeiro a usar o canto. Depois Lasos de Hermione trouxe um grupo de poetas para Atenas, precisamente para corte de Hípias dando prosseguimento a fermentação intelectual iniciada na geração anterior ateniense. Houve uma ascensão musical com o Hino a Hermes de autoria anônima, seguido por Sólon. Depois Pratinas e Pindaro.
A ética de Pratinas é extremamente rigorosa, e se prende toda a uma questão nova, surgida com a natural evolução dos instrumentos.
A ética de Pindaro faz exceção à rigidez pois sua atitude é positiva, não condenatória e não revela nenhuma preocupação com reinstaurar processos ou salvar costumes em perigo, apenas atestando, continuamente, uma crença no poder educativo da arte musical.
Cronologicamente, pertence Damon ao apogeu do mundo grego, no século V, com mais exatidão ao próprio momento em que o governo de Atenas acha-se em mãos de quem dará seu nome a todo período: Péricles. Em 444 termina-se a construção, em Atenas, do Odeon, as despesas da edificação haviam corrido por conta do Estado e não da fortuna pessoal de Péricles, acusando-se Damon de ter influenciado esta decisão do governante, sendo os seus crimes apresentados ao julgamento popular, passíveis de aplicação do castigo usual: o ostracismo. A sentença condena Damon e pouco antes de partir para o exílio, pronuncia seu celebre discurso Areopagitico, com o que se impõe à história como o maior teórico musical da época socrática.

BIBLIOGRAFIA:
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