quarta-feira, julho 16, 2008
HISTÓRIA DO TEATRO
TEATRO GREGO – COMÉDIA
A comedia na Grécia Antiga estava sustentada na sátira político, cujo principal nome é Aristófanes, tendo-se registro também de Menandro.
Aristófanes (c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) nasceu em Atenas, na antiga Grécia e viveu a época de maior grandeza da cultura ateniense e também viu o início da guerra do Peloponeso, que terminou em 404 com a sujeição de Atenas a Esparta. Ele era um hábil poeta, dotado de grande imaginação, um aristocrata inimigo da democracia ateniense, que escreveu uma obra permeada de piadas obscenas. Tinha como alvo os deuses, colocados sempre em situações grotescas, e os políticos democratas de seu tempo em caricaturas. Ele ironizava governantes e intelectuais, criticava a Guerra do Peloponeso e defendia os valores morais tradicionais. Um de seus principais alvos era Sócrates, um subversivo que incitava a população a romper com a moral segundo o comediógrafo.
Ele é um autor extremamente sarcástico que dirigiu críticas contra os elementos que julgava responsáveis pela decadência de Atenas, contra seus companheiros de ofício, especificamente na peça “As festas de Deméter” quando atacou Eurípedes e seu teatro "moderno" que era cheio de sutilezas retóricas e que invocava outros deuses e não os tradicionais membros do Olimpo. Também era contra os filósofos, como em “As nuvens” critica a filosofia representada na pessoa de Sócrates.
Aristófanes era considerado por seus contemporâneos como o principal autor de comédias de sua época. De sua obra resistiram ao poder do tempo 11 peças, a maioria delas obteve grande sucesso nas Dionísticas, são elas: Os acarnianos (425), Os cavaleiros (424), As nuvens (423), As vespas (422), A paz (421), As aves (414), Lisístrata (411), Tesmofórias (411), As rãs (405), A assembléia de mulheres (392) e Pluto (388). O seu teatro era um espetáculo com a finalidade de provocar o riso, o que lhe garantiu, desde o início, maior liberdade e vitalidade.
As encenações se davam ao ar livre e sempre contavam com a presença de um grande público. Todos atores eram do sexo masculinos e usavam máscaras como artifícios de representação. Em geral, as peças retratavam os problemas existenciais do ser humano, suas paixões, angústias e dificuldades de enfrentar as armadilhas que o destino colocava. Eram momentos de importantes reflexões que contribuíam para educação e formação dos gregos.
A estrutura da comédia grega se dava com um prólogo, onde havia exposição do conhecimento, um párodo, onde havia intervenção inicial do coro, o Ágon, quando ocorria o debate entre os personagens e o Êxodo, que era a intervenção de episódios breves e esclarecedores.
FONTE:
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